sábado, 2 de fevereiro de 2013

Tempo.




Hoje, nada pode ser maior que Pink Floyd.

"And you run and you run to catch up with the sun, but it's sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in a relative way, but you're older
Shorter of breath and one day closer to death"

sábado, 26 de janeiro de 2013

Temple Grandin (2010): "Ser só é ser feliz"

Tenho o feliz prazer de ser curiosa. Gosto de fuçar sobre os mais diversos assuntos, desde opções de trajetos para a faculdade até a vida pessoal de sub-celebridades. Um dia desses estava eu "passeando pela web", assistindo vídeos aqui e acolá, quando parei no vídeo da Claire Danes ganhando um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para Televisão por ser papel como Temple Grandin no filme de mesmo nome. Mentalmente, agendei o download do filme, mas nunca cheguei a baixá-lo de fato, e só fui fazê-lo quando vi a majestosa Claire em Homeland. Fui convencida por uma bipolar. E amém por isso!

Temple Grandin cativa logo na primeira cena, onde vemos uma Claire Danes irreconhecível, porém extraordinariamente crível. Por ser uma produção da grandiosa HBO, já podemos esperar por algo além do comum, e é exatamente isso que o filme traz: o comum não existe aqui. Nas primeiras tomadas, percebe-se o quão o filme foi pensado e repensado, tudo pra retratar com dignidade a adolescência de Grandin. Autista, agressiva, pacata, humana, crua.

Conforme o filme discorre pelas expressões de Danes, absurdamente inspiradas e irretocáveis, fica claro o compromisso artístico de representar uma personagem tão cheia de nuances. Simples em sua essência, infinita em seu desdobramento.

Tive milhões de ideias pra esse texto, rascunhos e rascunhos pra tentar definir, resenhar com minhas palavras o sentimento de assistir a essa legítima obra-prima, porém percebo que sou mais parecida com Temple Grandin do que imaginava. Não são necessárias muitas palavras pra definir a grandeza da película. Apenas uma frase basta: fora do comum.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O chá que demorou pra ser servido.

Quarenta décadas depois e estou de volta. Tudo na mesma bosta de sempre.

"(...) Eu não sou assim. Sou uma pessoa maravilhosa. Responsável, gentil, amorosa, inteligente, bonita, atraente, tenho seios bem desenhados. Sou uma deusa. Uma deusa "outsider". Eu não me encaixo. Sou inadequada pra viver em sociedade e manter relacionamentos estáveis com quem quer que seja. É como fizesse parte de mim. Meu DNA é basicamente ao contrário ao do resto do mundo e acreditem, não estou me vangloriando em cima disso, ou tentando aparecer e chamar atenção, "ei, olhem pra mim, eu sou estranha, muito melhor que vocês, meros normais que pagam suas contas antes do vencimento". Simplesmente quero esclarecer (como se houvesse necessidade de alguma explicação pra isso) o tipo de gente que sou e destacar a importância de ser transparente e sincero nessa passagem da qual alguns chamam de vida, outros de viagem e ainda outros -na verdade, eu - de "tortura agonizante e desabalada ao redor de nossos egos". E até hoje não consegui elaborar definição melhor "

Rebecca Whint.



Trecho retirado de um roteiro de filme que tenho na minha cabeça do qual não divulgarei o nome. 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

É, eu sei, ando sumida. Muito sumida. Mas voltei, por ora, pra dar um sinal de vida. Falar a quantas anda essa minha vida de peregrinações espirituais e estagnações físicas. (É minha gente, a coisa aqui é complicada...). Saindo um pouco do assunto pessoal, acho importante colocar que a vida é uma merda, independente de quem você é, de onde você está e com quem você vive. Você nunca estará satisfeito com o que tem. Não se preocupe, o problema não está só com você. O maior problema do ser humano é o próprio ser humano.






Quem tiver algo a mais a acrescentar, por favor, sintam-se a vontade para me mandarem e-mails.

terça-feira, 12 de julho de 2011

"It's not really goodbye, after all..."

Eu um dia li um livro, e me encantei por aquelas letras, morri junto com um personagem e revivi junto com uma fênix. Flutuei junto com fantasmas e pisei firme junto com um meio-gigante. Senti o vento gelar minhas orelhas junto com testrálios e esquentei-as com uniformes escolares. Senti raiva junto com um governo incompetente e felicidade junto de personagens incríveis. Comprei passagens para estações impossíveis e desembarquei em cidades que não estão no mapa. Voei nas costas de hipogrifos e ouvi conselhos de elfos domésticos. Hospedei-me em casas encantadas e acordei em bares bruxos.

Voei com artilheiras habilidosas e derrubei adversários com batedores idênticos. Apanhei pomos de ouro e os vi sendo apanhados. Desapareci em um lugar e apareci em outro. Desfrutei de sabores exóticos e de sabores que eu nem sabia quais seriam, até provar. Vivi a magia de estudar e lutar nessa fantasia interminável, sem nunca me esquecer do que é amor.

Aprendi com quem mais sabe o que é sofrimento, que a vida não é fácil nem difícil, nós é que transformamos ela, e vamos de mal a pior. Entendi como a amizade pode ser interminável e mais forte do que muita coisa. Descobri que o amor e a família eram mais fortes do que muita magia. Salvei da morte pessoas que eu odiava. Chamei pelo nome quem deveria chamar de professor. Confiei nas pessoas erradas, mas que sempre estiveram do meu lado. Assisti à morte dos meus personagens favoritos, e assisti ao assassinato daqueles que eu mais detestava. Vi uma senhora ruiva provar o quanto era extraordinária. Vi uma sangue-ruim vencer aqueles que julgavam-se melhores por terem o sangue puro. Vi um covarde aprender a defender-se tendo como impulso o desejo de vingança. Eu vi e revi todas as aventuras mais alucinantes que você colocou nessas páginas. Nessas tantas páginas com as quais me deliciei durante madrugadas. Foi do lado do seu livro que eu vi o sol nascer e vi a lua sair de cena.

Foi com teu livro que me aventurei por um mundo totalmente novo e desconhecido. Eu visitei lojas com todo… tipo de artefato. Comprei cervejas que podiam ser bebidas por menores. Fiquei invisível sob os olhos da autoridade, e estes - devo ressaltar - estavam atrás de uma cortina de cabelos sebosos, mas que pertenceram ao homem mais corajoso do mundo! Eu senti o cheiro da poção do amor. Eu vi beijos que tiravam as pessoas do chão.

Eu vi a morte de inocentes por vilões cruéis, a morte de vilões cruéis por inocentes. Eu vi a dor que passa uma vítima da guerra, eu vi a dor que passa um orfão sem parentes legais ainda vivos. Eu vi a dor que passa alguém com muitas responsabilidades e alguém com um passado vergonhoso. Eu mergulhei dentro de lembranças, eu revivi as memórias e as andanças de gente que sequer conheço.

Eu fui apanhada de surpresa por mortes que não esperava, e esperei por mortes que já pretendia ver. Eu matei, eu torturei, eu controlei. Eu burlei a lei e passei por cima de um Ministério, eu também fiz questão de destruir uma fonte que só revelava uma mentira. Eu duelei com o maior dos vilões, eu o matei e o vi matar. Eu chorei junto de uma mãe desconsolada, eu receei pela morte do que eu queria ver vivo. Eu torci para que vencessem um duelo, eu ri das piadas de dois comediantes ruivos e magrelos. Eu pulei de alegria com as vitórias de um grupo incrivelmente talentoso.

Eu dei risada de uma personagem severa que tinha o talento de destruir sutilmente a moral de uma inquisitora arrogante. Eu tive o prazer de ver esta sendo carregada por mestiços, eu enchi o peito de orgulho ao saber que ela foi salva pelo homem que ela mesma visava destruir. Eu dei risada da maneira calma de um velho sábio tratar seus problemas. Eu ri alto ao vê-lo esfregar na cara da autoridade, era Armada de Dumbledore, não Armada de Potter, Armada de Dumbledore. Eu senti o umbigo puxar ao tocar chaves de portal. Eu caí em emboscadas plantadas por homens em que confiei. Eu fiz parte de rituais que não queria fazer, eu conheci pessoas incríveis e corajosas que se uniram por um bem maior. Eu vivi e vou pra sempre viver essa aventura.








Porque minha alma agora está dividida em sete partes, guardadas nas páginas de sete livros que me fizeram ser quem sou hoje.









"A cicatriz não incomodara Harry por dezenove anos. Tudo estava bem."

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Não.

Não.


Eu adoro a palavra "não". Tão cheia de amor, vivacidade, harmonia...
A palavra não é maravilhosa e tem um poder que a palavra "sim" não tem.
Essa é a verdade.


Portanto, é sobre isso que falaremos hoje.




Ao mesmo tempo que o "sim" deixa entrar, o "não" te coloca pra fora rapidinho. Façam o teste.











E por hoje é só.

















quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Último post de 2010 (ou não)

Olá, sangue-ruins, como vocês estão?

Pois bem, aqui estou eu, depois de não sei quanto tempo, postando algo irrelevante para suas vidas, mas ainda assim, engraçado - penso eu.

Enfim, trago um texto que eu acho muito bacana - por mais que o tema não seja.


Sem mais delongas:



"Ninguém quer morrer. Nem os suicidas. Os suicidas se matam porque não querem mais viver, mas não porque querem morrer.

Todos cometem absurdos, mas recuam diante da morte. Os poucos que não recuam é porque estão em um estado de perturbação mental (que pode ser causado por diversos problemas sérios, como doenças, dívidas, etc) que os faz querer o fim da vida.
Não saber o que há do outro lado e, se há outro lado, é, provavelmente, o mais importante fator para alguém não querer morrer.

Mesmo os que encaram uma arma carregada não querem morrer. Eles podem querer bancar os corajosos para vender a imagem para alguém, ou simplesmente agirem por impulso, sem pensar direito. Mas querer morrer, não querem.

Faz sentido, então, vir ao mundo para tudo acabar um dia? Não sei. Perdemos parte da nossa vida quando alguém vai embora. Perdemos épocas, sentimos falta. Perdemos bens materiais e às vezes damos muito valor a isso. Depois vemos que é errado, mas não conseguimos deixar de nos importar com alguns objetos. Mas e se perde você? Não dá mais para reconstruir. Acabou. Virar uma lembrança para alguém vale a pena? É o que faz valer a pena estar aqui?

E como sabemos que o clichê de esquina de que todos vamos morrer um dia é a maior verdade do mundo, ser responsável pelo nascimento de alguém é, também, ser responsável por uma morte.

Sim, porque se um filho nasce, um dia este filho morre. E alguém vai sofrer por isso. E ele vai pensar a vida toda que um dia vai morrer. Podemos ser responsáveis pelo sofrimento de alguém e pela morte desse alguém. Se não lhe dou a vida, não lhe dou a morte. “Mas, se tiver descendentes, deixo um legado, faço algum sentido.” Faço mesmo?

Realizar algo realmente importante, que possa ser visto depois, é uma maneira de minimizar nossa ida? O que é algo importante?

Seria mais confortante ou responsável não trazer ninguém ao mundo?

Cada dia a mais é um dia a menos."






Tá parecendo um texto do VHEMT, né?